Etarismo silencioso no recrutamento.
Recebi uma carta de desabafo de uma seguidora em uma das minhas redes sociais. Uma profissional, 50 anos, na busca por um emprego que nunca chega. Vou chamá-la: Rosa da Silva. A carta dizia: já foram centenas de currículos enviados, dezenas de cadastros em plataformas de emprego , incontáveis testes, formulários e horas de esperança. E, no fim, a mesma resposta automática de sempre: “Infelizmente, você não se encaixa na vaga. Mas seu currículo ficará em nosso banco de talentos .” Um banco que, na prática, nunca chama. Não estou buscando cargos acima das minhas habilidades ou experiências. Pelo contrário: tenho me candidatado a vagas bem abaixo da minha capacidade — e, ainda assim, nem uma entrevista consigo. Dói perceber que, muitas vezes, a idade pesa mais do que a competência. Empresas continuam preferindo contratar profissionais muito jovens , mesmo sem qualificação, enquanto ignoram quem carrega maturidade, responsabilidade e anos de experiência prática. E...