Quando agradar demais vira uma prisão invisível: o preço de se anular para ser aceito.
Vivemos em uma era em que a aprovação social parece valer ouro. As redes sociais reforçam a ideia de que ser querido e aceito é sinal de sucesso. Mas, na prática, esse desejo constante de agradar tem cobrado um preço alto: o afastamento de quem realmente somos. Quando nos anulamos para sermos aceitos, perdemos não só a espontaneidade, mas também a nossa própria voz. E, aos poucos, deixamos de existir — mesmo continuando presentes. O perigo silencioso de se anular para agradar. A anulação não acontece de uma vez. Ela se instala de forma sutil, quase imperceptível. Começa com o silêncio diante de uma opinião contrária, com o medo de desagradar, com o “deixa pra lá” que esconde um desconforto. E quando percebemos, já estamos vivendo no modo automático, adaptados ao que os outros esperam, e não ao que realmente sentimos. Esse comportamento é comum, principalmente entre pessoas que cresceram ouvindo que “ser legal” é o mesmo que ser passivo. Só que agradar demais cobra caro: rouba energia,...